terça-feira, 30 de setembro de 2008

A moda agora é...

Nada de filho da puta, corrupto ou qualquer outro adjetivo típico para denegrir a imagem de um político. No Maranhão a moda é “ensarneyzar” geral. Nada mal, se levássemos em conta apenas as peripécias do clã em seus 40 anos de dominação do Estado.

O paradoxo apresenta-se por conta do fato de que grande parte dos que proferem tais “acusações” estiveram ou estarão (por que não?) ligados ao dono do Mar (anhão). A estes, o maniqueísmo, comum do período eleitoral, tratou de caracterizar como “Jacksistas”, em alusão às ligações com o “libertador do Maranhão”. Mas é claro que o “palavrão Sarney” é mais pesado, sendo, ainda, uma ofensa muito mais grave. “Dizer que eu comprei votos pra me eleger e xingar a minha mãe pode! Agora dizer que eu liguei pra Roseana é sacanagem, pô!”.

Mas não podemos no esquecer dos “corajosos” que assumem sua sarneydade abertamente e ainda colocam a “Rôse” pra pedir voto na TV. Suicídio, fidelidade acima de tudo, ou esperteza?

Não duvidem, o mundo da política maranhense dá tantas voltas, que o xingamento de hoje pode, “naturalmente”, voltar a ser um elogio amanhã, principalmente porque a “libertação” não anda lá muito bem das pernas. A moda primavera/verão da política maranhense pode ser outra já no outono/inverno.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Abelha para todos!


Se a maior parte da população brasileira tivesse com uma abelha zunindo dentro do ouvido por quatro anos, o que teríamos nesse período, com certeza, não seria uma pátria de alimentadores de abelhas chantagistas. As campanhas pelo voto consciente no Brasil podem até ser divertidas, mas são tão inúteis quanto. Vendem a falsa idéia de que com nossa “liberdade de escolha”, somos os grandes culpados pela eleição de corruptos.

Mas como terei culpa, se democracia pra mim significa apenas uma palavra bonita, conveniente e que eu tanto ouço na boca de engravatados na TV? Nas palavras de Lênin: “Os escravos assalariados atuais, devido às condições da exploração capitalista, permanecem tão esmagados pela necessidade e pela miséria que 'não estão para a democracia', 'não estão para a política', que, no curso habitual, pacífico dos acontecimentos, a maioria da população está afastada da participação na vida político-social."

Como que num passo de mágica, o direito ao voto faz do miserável sem acesso a educação, saúde e emprego, um valoroso cidadão, agora, digno de estampar seu rosto sofrido, com um sorriso de poucos dentes, em um outdoor ao lado do “candidato do povão”. Depois da eleição, o mesmo miserável, como sabemos, perde sua “cidadania”, mas o pior mesmo é que nenhuma abelha entra no seu ouvido.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Criatura


Era um monstro horrendo e se aproximava de mim ameaçando devorar meu tempo, disposição, paciência e um resto de criatividade. Um bicho de sete cabeças com capítulos incompletos e sem normalização. Sim senhores, era ela: a terrível Monografia!!! Por sorte, acabei acordando, mas logo me deparei com a dura realidade: a “coisa” já não aterroriza apenas minhas noites:

Ela está em todo lugar.
Na sala, na aula,
No cansaço, na hora do amasso,
No almoço e no jantar

No trabalho, tá no estágio
Está no “ter que ir votar”
Tá no horário e sem salário
Como que eu vou me formar?

Está no blogue, no Ipod, como é que pode?
No pen drive, no PC, no celular
É desespero, é todo dia
Não tem sossego nem na mesa de bar

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

É pedra, mas não é reggae!

Dois violões, uma frenética percussão acústica e muita irreverência nos vocais. Essa é a formula da simplicidade que dá certo pelo cerrado brasileiro. Trata-se da banda goiana Pedra Letícia. A "Letícia Stones", como é apelidada a banda, chama atenção pela criatividade de letras como "Eu não toco Raul", “Caminhoneta Zera”, “Como nossos pais nos agüentam”, “Em Plena Lua de Mel” (música de Reginaldo Rossi que tem seu refrão cantado em seis “idiomas”) e o hit da internet “Como que ocê pode abandonar eu”. Pra quem achar que a banda é apenas fútil e mais um besteirol tipo Mamonas Assassinas, não tenho argumentos sérios... Pô, mas os caras são tão espontâneos e tem uma levada meio que de improviso que dá a sensação de que eles estão tocando ali na tua frente... Mas quer saber? Talvez seja melhor escutar teu “Chico Buarquizinho” de sempre rsrs

O que vem depois do Shampoo?


Esquecer o condicionador é deixar o cabelo ao sabor do vento. É como deixar o “bom senso” intacto no armário do banheiro. Isso aconteceu comigo ontem e não foi uma experiência muito boa. Hoje me deparei com o jornal Extra e fiquei pensando sobre a possibilidade do editor-chefe desse diário sequer ter um pente para o seu provável cabelo liso. Se não, vejamos algumas notícias que estampam a primeira página de hoje:

“ENVIADOS AO RABUDO” – (sobre a morte de dois homens, baleados pela filha de uma empresária após tentativa de assalto)

“PLAYBOY QUER ‘COURO VELHO’ NUA DE NOVO” (“relevante notícia” sobre o suposto interesse da revista masculina em ter a atriz Claudia Ohana em suas páginas novamente)

“RAIMUNDO CUTRIM ACREDITA EM MULA SEM CABEÇA E QUE ESTARÁ NO SEGUNDO TURNO” (sobre o candidato a prefeitura de São Luís alimentar esperanças de disputar o segundo turno da eleições municipais)

Tudo bem, pode não ser uma questão de bom senso, pois com o próprio cabelo, é legítimo se fazer o que bem entender. Já com o jornalismo precisamos de um mínimo de responsabilidade. Essas pérolas são apenas exemplos de uma única edição. Desse jeito, o melhor é ser careca...

Constitucional II



Olhem para o lado
O “contra legis” está aí
É uma caneta que falha
Qualquer coisa por mais que valha
Não dignifica a servidão
As castas, os bem quistos e os perseguidos
Não são um só
Um tênis sujo descreve o chão de ternos e gravatas
O mesmo de ratos e baratas
De princípio, natureza e requisitos
A lápis escritos
Os que tem borracha riem atoa
É tanta a “liberdade”

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Primeira Postagem

No princípio é só um começo
Noites, quintais, dias e porta da rua
A quase obrigação virou início,
Rota de fuga e perigo de vício
Branca é a cor do desafio